quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"pobre rua"



Estomago vazio não é como mente vazia
Caminho sobre fios em um dia cortante
Sobrevivo algumas vezes.
Vivo muitas outras vezes.
O vento sopra em direções variadas,
Várias como pessoas, enfermidades e felicidades
Em várias cidades e idades
Cada um lacra a sua...

Viro um poeta ao sair às ruas,
Eu sinto a sua sede, a sua dor,
Ouço seus gritos, leio promoções, mas não compro,
Sinto suas emoções ao ponto de pagar por um consolo.
Visito seus porões e neles travo batalhas.
Sorrindo me fazendo carinho com uma mão
Enquanto a outra segura uma navalha
Pobre rua que não dá o braço a torcer
Espere por um dia que não irá amanhecer.

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